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Resumo
Ao Urbanismo e à Arquitetura de inícios do século XX na Madeira, e à cidade do Funchal em paticular, se associa o nome do arquiteto Miguel Ventura Terra, através da realização do Plano de Melhoramentos para o Funchal de 1913-1915.
Trata-se de um documento que prevê a remodelação da cidade do Funchal e que denuncia a maturidade urbanística de um dos grandes arquitetos portugueses do início do século XX. Ventura Terra baseia-se na ideia de modernização das cidades aplicando os conceitos correntes do urbanismo francês da época, como sejam os grandes eixos viários retilíneos (os “boulevards”), as rotundas de distribuição viária, as amplas praças e os parques na periferia da cidade. O plano reflete o ideário republicano do arquiteto e as intenções iniciais, socializantes, da 1.ª República. Porém, a realidade insular da época não se encontrava à altura de tão grande visão, tendo-se deparado com dificuldades iniciais de implementação.
Em 1932 o arquiteto modernista Carlos Ramos retoma algumas das propostas do seu mestre, no Plano de Urbanização para o Funchal de 1931-1932. Nos anos trinta-quarenta o moderno projeto de Ventura Terra merece grande impulso pela mão do autarca Fernão de Ornelas. Na cidade ocorrem intensas transformações urbanísticas que trazem à Madeira novos valores da arquitetura e do urbanismo português. Ao longo do século XX o Funchal moderniza-se tendo por base, embora com alguns ajustes, o Plano de Melhoramentos do arquiteto Ventura Terra.
Nota Curricular
Teresa Maria Teixeira Mendes Vasconcelos é natural do Funchal.
Estudou Artes Plásticas/ Pintura e Design/Projectação Gráfica no Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira. Iniciou a sua carreira docente em 1985 no agrupamento de Artes. Desempenhou funções de Designer no Departamento de Artes do Diário de Notícias do Funchal, em 1995. Concluiu o Mestrado em História e Cultura das Regiões, vertente História da Arte, na Universidade da Madeira, em 2006, com a tese “O Plano Ventura Terra e a Modernização da Cidade do Funchal”, tendo sido aprovada por unanimidade com a qualificação de Muito Bom. Trabalho posteriormente editado pela empresa “Funchal 500anos” em Maio de 2008.
A convite do Museu Photografia-Vicentes participou no projecto Memória Digital Atlântica, Interreg IIIB Açores, Madeira e Canárias, tendo, em Junho de 2007, proferido a comunicação: “Fotografia na Madeira: os primeiros fotógrafos profissionais”.
Ultimamente tem proferido várias comunicações:
Em Março de 2008, a convite do Grupo de História da Escola Gonçalves Zarco, proferiu a comunicação: “Um Olhar Moderno sobre a Cidade Quinhentista”; em 2009, a convite da APH, no Arquivo Regional da Madeira, efectuou a comunicação “O Plano Ventura Terra”. Em Maio 2010, na Escola Jaime Moniz proferiu a comunicação: “O Contributo de Ventura Terra no Planeamento Urbanístico da Cidade do Funchal”. Em outubro de 2010 participou no Seminário A República e os Republicanos na Madeira (1880-1926), com a intervenção: “Miguel Ventura Terra, um Arquitecto Republicano na Madeira”, que se realizou no CEHA.
Colaborou na Newsletter, n.º 6, do CEHA com o artigo: “A Capela de Nossa Senhora da Conceição no Monte”.
Presentemente é professora efectiva na Escola Secundária Jaime Moniz desempenhando as funções de Delegada do Grupo de Artes e Coordenadora do Departamento de Expressões.
Colaborou na Newsletter, n.º 6, do CEHA com o artigo: “A Capela de Nossa Senhora da Conceição no Monte”.
Presentemente é professora efectiva na Escola Secundária Jaime Moniz desempenhando as funções de Delegada do Grupo de Artes e Coordenadora do Departamento de Expressões.
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