quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Anuário do CEHA, n.º 2 - 2010; apresentação de propostas

O CEHA lançou em Novembro o primeiro n.º do seu Anuário, de 2009, dedicado ao tema: Repensar os Estudos Insulares (o caderno com resumos está disponível aqui).

Para o ano de 2010, a nossa proposta é um outro tema de capa genérico - Mundo das Ilhas e as Ilhas do Mundo - que será também o tema do Congresso que se realizará de 26 a 30 de Julho de 2010 (informação aqui).

Estamos abertos a propostas de trabalhos a publicar no referido número, seja a integrar no tema da capa, seja na sessão de Varia, como também na de Livros e Leituras.

Datas limite para apresentação de propostas:

2010

Janeiro-5: proposta com uma informação sumária do tema a abordar;

Junho-30: envio dos textos para publicação.

Emails: avieira@inbox.com; alberto.vieira@madeira-edu.pt

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Seminário Internacional Repensar os Estudos Insulares Hoje: Conclusões

De acordo com os debates acontecidos no decorrer deste Seminário Internacional os presentes acordaram o seguinte:

1. Os investigadores presentes manifestaram preocupação pela situação presente e futura das ilhas, apontando os possíveis cenários resultantes dos efeitos da globalização e do processo de aquecimento global do planeta,

2. Também reclamam mais atenção e apoios dos espaços continentais para a promoção da cultura e investigações insulares, nomeadamente no quadro da União Europeia,

3. Na necessidade do estabelecimento de um maior intercâmbio institucional e pessoal entre os investigadores insulares e que trabalham os ditos temas através do estabelecimento de redes de partilha de informação,

4. Neste âmbito o CEHA aceita o desafio de colocar as suas páginas web, a Newsletter e o Anuário para servirem de meios de divulgação e partilha desta informação,

5. Manifestam o seu desagrado pela forma como é gerida a divulgação do conhecimento através da Internet e clamam por uma política de Open Access aos diversos conteúdos,

6. Foi ainda decidido definir como tema de debate para o próximo encontro: Os Insulares e os Outros,

7. Foi também proposto que, por respeito à etimologia grega, se procedesse à rectificação de Nissologia para NESSOLOGIA.

Funchal, 4 de Novembro de 2009

sábado, 31 de outubro de 2009

Newsletter do CEHA, n.º 3

Link da nova Newsletter - n.º 3 - do CEHA.
A nova Newsletter contém informações sobre: Abertura ao Público e Inauguração das Novas Instalações do CEHA; Seminário Repensar os Estudos Insulares Hoje (2 a 4 de Novembro); Publicação e Índice do Anuário do Centro de Estudos de História do Atlântico, n.º 1; 25 Anos de Actividade do CEHA; Seminário Mobilidades Humanas na História e na Literatura (12 e 13 de Novembro).

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Projectos de Investigação do CEHA

Para o triénio de 2009 a 2011 teremos a continuidade de dois projectos de investigação e divulgação - História e Autonomia; História das Instituições e Finanças Públicas na Madeira - e o início de outros:
- O Mundo das Ilhas e as Ilhas do Mundo;
- História da Técnica;
- História da Ciência nas Ilhas - Madeira e Canárias. 1850-1950;
- História e Meio Ambiente - Refazendo a História;
- Mobilidade Humana - Arquipélago da Madeira;
- A Madeira no Século XX - Um Século pela Autonomia. 1901-2001.
Com os dois primeiros projectos pretende-se apenas dar continuidade às actividades já programadas, ajustando-as à nova situação. Todavia, a grande aposta será na conclusão do projecto sobre a História das Finanças, pelo que empenharemos toda a equipa de trabalho do CEHA e buscaremos outros elementos de fora para poderem colaborar na recolha da informação em falta e na análise dos dados e elaboração dos relatórios finais.
Os temas novos partem de uma necessidade de ajustar as linhas e directrizes de investigação do CEHA às novas realidades e desafios do presente momento. A evocação em 2010 do primeiro centenário da implantação da República parece ser o momento certo para uma reflexão sobre o século XX. Por outro lado as questões da mobilidade que as sociedades insulares colocam na actual conjuntura clamam pela necessidade de uma maior atenção e estudo.
A abertura a debates e estudos interdisciplinares conduz-nos à abertura de novas propostas temáticas que possa permitir a participação dos diversos ramos do conhecimento. Foi com este objectivo que retomámos o debate sobre as questões ecológicas, numa perspectiva histórica, como também das questões mais prementes de História da Ciência e da Técnica, explorando as principais virtualidades dos espaços insulares. A partir daqui pretende-se abrir um espaço de debate que congregue as várias correntes do conhecimento. Hoje dispomos de um conjunto vasto de meios que permitem esse debate e divulgação sem que o esforço financeiro seja elevado. Os desafios que as novas tecnologias nos colocam no campo do estudo, debate e divulgação do conhecimento encontram aqui resposta.
Alberto Vieira

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Conselho Científico do CEHA

O Conselho Científico tem por missão programar e coordenar todas as tarefas de investigação desenvolvidas no CEHA. Assim, compete-lhe a coordenação de todos os projectos de investigação, bem como das actividades dos investigadores e técnicos superiores. Ao mesmo órgão compete ainda assessorar as publicações, constando como Conselho Consultivo do Anuário do CEHA. Porque o CEHA dispõe de um número reduzido de técnicos superiores com Doutoramento decidiu-se alargar a Professores Universitários e Investigadores, a exemplo do que tem sido feito desde o início do CEHA, para que o mesmo órgão possa cumprir de forma adequada as suas funções. Todos os membros externos foram propostos de acordo com as afinidades de trabalho e preferencialmente de entre as instituições cooperantes com o CEHA.


COMPOSIÇÃO

1. Técnicos do CEHA, doutorados ou com categoria equivalente

Alberto Vieira;
Ana Madalena Trigo de Sousa.


2. Professores e Investigadores de outras Instituições de Ensino e Investigação

Ana Viña Brito, Universidad de La Laguna (Canárias);
Antonio Abreu Xavier, Universidad Central de Venezuela;
António Barros Cardoso, Universidade do Porto;
Antonio Macías Hernández, Universidad de La Laguna (Canárias);
Antonio Malpica Cuello, Universidad de Granada (Espanha);
Augusto Nascimento, Instituto de Investigação Científica e Tropical;
Avelino de Freitas de Meneses, Universidade dos Açores;
Daniel Campi, Universidad de Tucuman (Argentina);
David J. Hancock, University of Michigan (EUA);
Eddy Stols, Katholieke Universiteit Leuven (Bélgica);
Fátima Sequeira Dias, Universidade dos Açores;
Gaspar Manuel Martins Pereira, Universidade do Porto;
Genaro Rodriguez Morel, Real Academia de la Historia de Santo Domingo;
Inês Amorim, Universidade do Porto;
Iordan Avramov, Center for Science Studies and History of Science (Bulgária);
Javier Maldonado Rosso, Universidad de Cádiz (Espanha);
Joám Evans Pim, Instituto Galego de Estudos de Seguranza Internacional e da Paz (Galiza);
Joaquim Romero de Magalhães, Universidade de Coimbra;
John G. Everaert, Universiteit Gent (Bélgica);
Jorge Freitas Branco, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa;
Jorge do Nascimento Rodrigues, Editor, Tradutor e Revisor;
José Ángel Rodríguez, Universidad Central de Venezuela;
José Curto, York University (Canadá);
José Eduardo Franco, Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes;
José João Reis, Universidade Federal da Bahia (Brasil);
José Viriato Eiras Capela, Universidade do Minho;

Luís Filipe Barreto, Universidade de Lisboa;
Manuel Lobo Cabrera, Universidad de Las Palmas de Gran Canaria (Canárias);
Maria Beatriz Rocha-Trindade, Universidade Aberta;
Maria Helena da Cruz Coelho, Universidade de Coimbra;
Maria Isabel Rodrigues dos Santos, Universidade Católica Portuguesa;
Miguel Angel de Puig Samper, Consejo Superior de Investigaciones Científicas, (Madrid);
Miguel Real, Centro de Literatura de Expressão Portuguesa da Universidade de Lisboa;
Mónica Teixeira, doutorada em Literatura Moderna Portuguesa, Madeira;
Naidea Nunes Nunes, Universidade da Madeira;
Óscar Zanetti Lecuona, Academia de Ciencias de Cuba;
Ottmar Ette, Universität Potsdam (Alemanha);
Paulo Esteireiro, Gabinete Coordenador de Educação Artística, SREC – RAM (Madeira);
Pedro Luís Puntoni, Universidade de São Paulo (Brasil);
Timothy Joel Coates, The College of Charleston, South Carolina (EUA);
Vera Lúcia Amaral Ferlini, Universidade de São Paulo (Brasil);
Victor Pereira da Rosa, University of Ottawa (Canadá).

Funcionários do CEHA

1. Investigadores
ALBERTO VIEIRA
MADALENA TRIGO DE SOUSA

2. Técnicos Superiores
ALEXANDRA SPRANGER
SAMUEL TEIXEIRA
FILIPE DOS SANTOS
NÉLIO HUGO PÃO

3. Pessoal Administrativo
MARIA FILOMENA PEREIRA
DIAMANTINA LIRA VIEIRA
ROSA MARIA JARDIM SOUSA
ANA MARIA GOUVEIA

4. Destacamentos
AMADEU GONÇALO MENDES
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
JOSÉ LUÍS FERREIRA SOUSA

5. Estágio Profissional
MARIANA CABRAL
ÉLVIO VITO RODRIGUES
PATRÍCIA SAMEIRO QUEIRÓS

6. Ao Abrigo de Programas de Desemprego
CARLOS ALBERTO CÂMARA
JORGE RIBEIRO LOPES
MARIA AURA FELGUEIRA
MARTINHO DIOGO DE SOUSA

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Estrutura Funcional do CEHA

A estrutura funcional do CEHA, de acordo com o estatuto actualmente em vigor, define-se por uma Direcção e pelos Conselhos Administrativo, Científico e Consultivo. Os dois primeiros órgãos assumem a coordenação de carácter administrativo, enquanto aos restantes compete a intervenção na área científica. A Direcção é composta por um Presidente, Vice-Presidente e Secretário.
O Presidente da Direcção é também, por inerência de funções, o Presidente dos Conselhos Científico e Consultivo. O Conselho Científico tem por função coordenar toda a actividade científica da instituição, no que mais concretamente concerne aos projectos de investigação e plano editorial. Têm assento nesta estrutura todos os técnicos e investigadores com doutoramento, ou prova equivalente, que sejam funcionários da instituição, bem como personalidades de reconhecido mérito científico e académico, convidados pelo respectivo Presidente.
O Conselho Consultivo foi criado com o intuito de dar representatividade e capacidade de intervenção a outros espaços insulares próximos do arquipélago da Madeira e que tenham interesse para o trabalho realizado pela instituição. Assim, no mesmo têm assento os representantes dos arquipélagos dos Açores, Canárias, Cabo Verde.
Alberto Vieira

CEHA - Novo Ciclo

A passagem de 25 anos de actividade do CEHA é a oportunidade para encerrar um ciclo de actividade da instituição e iniciar um outro de acordo com novas condições definidas com a instalação no novo espaço. As novas instalações irão permitir a redefinição da forma de intervenção do CEHA no contexto local e internacional. O novo espaço permitirá uma maior interactividade com o meio local e científico tornando-se possível uma maior assiduidade de iniciativas abertas ao público e uma maior cooperação com as instituições e investigadores da região, do país e do estrangeiro. A disponibilidade de um auditório, biblioteca, depósitos para acervos e espaços de trabalho, como foi já noticiado, abrem-nos novas formas de intervenção, definidas na programação de actividades, cooperação e projectos de investigação.
A missão do CEHA para os próximos anos deverá obedecer aos seguintes princípios:
1. Aposta na investigação e divulgação do conhecimento científico no domínio das Ciências Sociais e Humanas, com especial relevo para as ilhas atlânticas;
2. Criação de uma equipa de trabalho coesa e interdisciplinar, composta por funcionários e investigadores do CEHA e de outras instituições locais, nacionais e internacionais que estejam empenhados nas mesmas missões e objectivos;
3. Afirmação das tecnologias da informação, fazendo com que o suporte digital e as plataformas digitais sejam os meios privilegiados de investigação e divulgação dos saberes. Deste modo, apostar-se-á na criação de bases de dados temáticas para acesso local ou via Internet.

Em termos de condições de trabalho, a mais do que vem sido mencionado neste blog, diga-se que além do auditório, que será mais uma oferta para as actividades culturais da cidade, pois terá uma programação própria, podemos assinalar a disponibilidade de uma nova biblioteca especializada, com fundos próprios e de doação ou depósito de privados.
Para a nova biblioteca, pretendemos apostar numa situação inovadora fazendo com que a mesma funcione apenas através do suporte digital, embora dispondo de fundos especializados em suporte papel, o acesso aos investigadores será aos poucos restringido ao formato digital, com todas as versatilidades que o mesmo terá no apoio à investigação. A partir da instalação do novo espaço procederemos à digitalização sistemática de todos os fundos existentes e alguns privados em condições de depósito.

Alberto Vieira

Breve História do CEHA

O Centro de Estudos de História do Atlântico, criado pelo decreto legislativo regional n.º 20/85, de 17 de Setembro, no âmbito da Secretaria Regional do Turismo e Cultura, é uma instituição de investigação científica que tem por objectivo principal coordenar a investigação e promover a divulgação da História das Ilhas Atlânticas.
A presença e empenho dos arquipélagos atlânticos (Açores, Canárias, Cabo Verde e São Tomé) fez‑se, em termos institucionais, através de delegados ao Conselho Consultivo.
O projecto surgiu por empenho pessoal do Secretário Regional do Turismo e Cultura, João Carlos Abreu, sendo Alberto Vieira encarregado de proceder à sua instalação.
A partir da sua instalação definitiva a direcção do Centro foi assumida pelo Prof. Doutor Luís de Albuquerque, coadjuvado pelo Prof. Doutor Joel Serrão, Dr. José Pereira da Costa e Doutor Alberto Vieira. Após a morte do Prof. Doutor Luís de Albuquerque, em 1992, assumiu a presidência o Prof. Doutor Joel Serrão, que foi substituído em 1997 pelo Dr. José Pereira da Costa, que se manteve em funções até 2006. A partir de 1 de Novembro de 2008, Alberto Vieira, Investigador-coordenador da instituição, assumiu as funções de Presidente.

Alberto Vieira

25 Anos do CEHA

Aproximando-se a celebração dos 25 Anos do Centro de Estudos de História do Atlântico, e já em novas instalações, serão dados a conhecer neste blog, em futuros posts, alguns informes acerca da História, Novas Actividades, Estrutura Funcional, Conselho Científico, Conselho Redactorial e Projectos de Investigação do CEHA.

Novas Instalações do CEHA (2)

A s instalações do CEHA situam-se nos números 6 a 10 da Rua das Mercês, no Funchal. O edifício é do século XVIII, sendo conhecido como Casa Jacquinet. Esta designação resulta do facto do seu proprietário, nos inícios do século XIX, ter sido Augusto Justiniano da Silva Amorim (1807-1902), filho de Lourenço Justiniano de Amorim, casado com Alexandrina Vasconcelos (1821-?), que era conhecido no Funchal como o Augusto Jacquinet.
De acordo com o Guia dos Monumentos do Funchal (coordenação de Diva Freitas, 2008), «Este imóvel constitui um marco relevante na arquitectura civil da cidade, pois segue as características gerais da arquitectura madeirense, com fachadas percorridas por beirais duplos e triplos e vãos alinhados e interligados de molduras sóbrias, sendo as do andar nobre encimadas por friso e cornija, conservando lamberquins decorados e rendilhados pintados de verde e branco.
«No interior destacam-se as tradicionais arcadas de cantaria mole nas lojas e no átrio central um pavimento empedrado a calhau rolado. O andar nobre, decorado com painéis de madeira pintados com vistas antigas do Funchal, também conserva numa das salas um antigo banco denominando “banco dos réus”, sendo tradição ali ter funcionado um tribunal.»
Na área da direcção, mais propriamente na Sala de Reuniões, as paredes estão envoltas em painéis pintados de autor desconhecido. Todavia, sabemos da existência de um retrato do seu proprietário, pintado por D. Manuel de la Cuadra, um artista sevilhano que viveu na Madeira entre 1897 e 1903. Este pintor, na curta estadia funchalense, que antecedeu a sua morte, foi professor da Escola Industrial do Funchal e fez várias pinturas e retratos, entre os quais se inclui o do proprietário deste espaço. Será que os painéis pintados são também da sua autoria? Esta é uma interrogação que deixamos para resposta dos especialistas...
Ao prédio antigo adicionou-se na área do quintal uma construção nova com espaço para biblioteca de consulta e investigação histórica, um auditório para 96 lugares sentados e uma área de depósito de livros da Biblioteca e de publicações do CEHA.
O edifício principal, que faz fachada com a rua das Mercês, é constituído de 2 pisos e uma torre. O primeiro piso está reservado aos serviços administrativos, enquanto o segundo fica para os gabinetes de investigação, onde teremos dois reservados para investigadores convidados ou visitantes. No rés-do-chão temos um espaço multimédia para doze utentes e uma área de exposições temporárias e venda de publicações do CEHA.
No espaço que resta ao ar livre do quintal fez-se um jardim, onde algumas plantas exóticas convivem com outras indígenas da Madeira. Também se estabeleceu um espaço para um mini-jardim de ervas aromáticas.
Ao fim de 25 anos de actividade o CEHA encontra definitivamente casa própria e condições para poder realizar um trabalho de investigação e divulgação dos estudos insulares com melhor qualidade. Esta nova realidade é a prova do empenho manifestado pelo Governo Regional da Madeira na afirmação do CEHA e o prémio merecido pelo labor dos últimos 25 anos.
Alberto Vieira

domingo, 4 de outubro de 2009

Novas Instalações do CEHA

No passado dia 1 de Outubro, pelas 18h30, foram inauguradas as novas instalações do Centro de Estudos de História do Atlântico, à Rua das Mercês, n.º 8, Funchal.
O espaço apresenta um avanço em termos das condições de trabalho para a instituição, e comporta as seguintes estruturas:

- Auditório com 100 lugares sentados;

- Biblioteca com 30 lugares sentados;

- Espaço Multimédia com 12 lugares sentados.

Além disso, o novo CEHA dispõe de gabinetes de trabalho para investigadores nacionais e estrangeiros que pretendam desenvolver pesquisas, durante um certo período de tempo, sobre temas concernentes ao arquipélago da Madeira.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pedido (novamente feito)

É conhecida a dificuldade, sentida por alguns investigadores, não obstante os hodiernos modos de pesquisa online, de se arrolarem todos os artigos - insertos em publicações periódicas científicas e académicas - sobre uma determinada problemática histórica ou acerca do devir histórico de um espaço.
Deste modo, se for do conhecimento dos visitantes deste blogue algum artigo ou recensão crítica relacionados de algum modo com a História do Arquipélago da Madeira, inserido em revistas científicas e académicas de Portugal continental, restante Europa e América do Norte e do Sul - solicitamos que tal referência nos seja facultada. Poderá ser feito tal obséquio por intermédio de comentário ou, preferencialmente, através do envio de email (na barra lateral direita deste blog).
Se o número de referências bibliográficas for substancial, usaremos este mesmo espaço para apresentá-las, de maneira organizada e uniformizada, contribuindo para a sua divulgação.
Os nossos agradecimentos atempados.

Futuras Publicações do CEHA - Actas de Colóquios (2)

VV AA, 2009, Actas do IX Colóquio Internacional de História das Ilhas do Atlântico, Colecção DEBATES, n.º 2, Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico, 247 pp. [CR-ROM]

ARTIGOS

1. Puerto, Comunicaciones e Turismo en el Atlántico Iberoamericano

O Funchal: Ritmos Económicos e Históricos de uma Cidade Portuária Atlântica
Funchal: Economic and Historical Trends of an Atlantic Port City
Alberto Vieira

A Construção do Porto de Ponta Delgada, no Arquipélago dos Açores
Construction of the Port of Ponta Delgada in Azores Archipelago
Fátima Sequeira Dias

De Boston a Ciudad del Cabo: Sobre Zonas de Contacto, Puertos de la Memoria y Renovación Portuaria
From Boston to Cape Town: On Contact Zones, Memory Ports, and Port Renewal
Fernando Monge

Horizontes de Investigação no Âmbito da Arqueologia da Época Moderna no Espaço Atlântico (Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde)
Research Perspectives of Modern Period Archaeology in the Atlantic Islands (Madeira, Azores, Canary and Cape Verde)
Élvio Duarte Martins Sousa
Liliana Freitas Neto

Medio Ambiente y Turismo en Lanzarote: Hacia la Búsqueda de un Modelo de Desarrollo Racional
Environment and Tourism in Lanzarote: Towards a Search for a Rational Development Model
Alejandro González Morales

2. Insulares en el Mundo
A Emigração Insular. Madeirenses Emigrantes
The Island Emigration. Madeiran Emigrants
Alberto Vieira
Emanuel Janes

La Emigración Canaria a América a Través de la Historia
Canarian Emigration to America Throughout History
Manuel Hernández González

Anchieta, Fundador del Brasil
Anchieta, Founder of Brazil
Carlos Javier Castro Brunetto

Los Exiliados Canarios entre Europa y América (1936-1978)
Canarian Exiles between Europe and America (1936-1978)
Félix Rodrigues Mendoza

As Diásporas Cabo-Verdiana e São-Tomense: Um Esboço de Comparação
The Cape Verde and São Tomé Diaspora: A Sketch of Comparison
Augusto Nascimento

Futuras Publicações do CEHA - Actas de Colóquios (1)

VV AA, 2009, O Açúcar Antes e Depois de Colombo. Seminário Internacional de História do Açúcar, Colecção DEBATES, n.º 1, Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico, 390 pp. [CR-ROM]

ARTIGOS

Canaviais e Açúcar no Espaço Insular Atlântico
Sugar-Cane and Sugar in the Atlantic Islands
Alberto Vieira

La Dimensión Cultural y Económica del Azúcar en Al-Andalus: Viejos y Nuevos Problemas de una Planta que Ha Recorrido El Mundo
The Cultural and Economic Aspects of the Sugar in Al-Andalus: Old and New Problems of a Plant that Crossed the World
Antonio Malpica Cuello; Adela Fábregas García

La Vega No Fue el Primer Productor de Azúcar en América
La Vega Was Not the First Sugar Producer in America
Emilio Cordero Michel

El Uso del Molino de Rodillos Horizontales Dobles en las Haciendas Azucareras de la Isla La Española en el Siglo XVI: Viejas y Nuevas Evidencias
The Use of the Horizontal Double Roller Mill in La Española Island’s Cane-Sugar Farms in the Sixteenth Century: Old and New Evidence
Anthony R. Stevens-Acevedo

Una “Pesadilla Dulce”: Problemas de Gestión y de Rendimiento de un Ingenio Flamenco en el Brasil (ca 1548-1615)
A “Sweet Nightmare”: Management and Profitability Problems of a Flemish Sugar Mill in Brazil (16th Century)
John G. Everaert

La Producción Masiva de Azúcar con Esclavos: Las Estructuras y los Individuos
Mass-Production of Sugar with Slaves: Structures and Individuals
José Antonio Piqueras

Los Ingenios del Occidente de Cuba, 1700-1750
The Sugar Mills of the West of Cuba, 1700-1750
Fe Iglesias García

A History of Sugar in Japan – Focusing on the White Sugar Production from the 18th Century
Uma Historia do Açúcar no Japão – A Produção de Açúcar Branco no Século XVIII
Miyo Arao

Trabajo, Etnicidad y Resistencia, Estivadores y Cimarrones en la Malograda Rebelion de 1814 de los Esclavos Bahíanos
Work, Etnicity and Resistence, Dock Workers and Cimarrones in the Slaves of Bahía Spoiled Rebellion of 1814
Stuart B. Schwartz

The Limits of Economic History: Revisiting Sugar and Slavery in Puerto Rico
Os Limites da História Económica: Revisitando o Regime de Plantation Açucareira no Porto Rico Escravagista
Francisco A. Scarano

Inicios de la Tecnología Hidráulica en el Caribe: Su Evolución en la Industria Azucarera en Puerto Rico (Siglo XIX)
Beginnings of Hydraulic Technology in the Caribbean: Its Evolution in the Sugar Industry of Puerto Rico (19th Century)
Lizette Cabrera Salcedo
Surgimiento del Latifundio Azucarero en San Pedro de Macorís
San Pedro de Macorís Sugar Estate Rise
Héctor Luis Martínez Pérez

William L. Bass: Papeles de un Azucarero de Fines de Siglo XIX e Inicios del XX
William L. Bass: Papers of a Cane-Sugar Producer of the End of the 19th Century and Beginnings of the 20th
José del Castillo Pichardo

La Plantación que No Se Repite: Las Historias Azucareras de la República Dominicana y Puerto Rico, 1870-1930
The Plantation that Does Not Repeat Itsef: The Sugar Histories of The Dominican Republic and Puerto Rico, 1870-1930
Humberto García Muñiz

La Isla de las Columnas de Azúcar. El Modelo Primario Exportador en Cuba: La Herencia Colonial y el Intervencionismo de Estados Unidos (1913-1930)
The Island of the Columns of Sugar. The Primary Exporter Model in Cuba:
The Colonial Inheritance and the Interventionism of the United States (1913-1930)
Pablo Tornero

Danzas Macabras y la de los Millones en la Industria Azucarera Dominicana: Precios y Produccion (1900-1930)
Macabre Dances and the one of the Millions in the Dominican Sugar Industry: Prices and Production (1900-1930)
Arturo Martínez Moya

La Política de Cuba en el Mercado Azucarero Internacional; Condicionantes y Características
Cuban Policy in the World Sugar Market; Conditions and Characteristics
Oscar Zanetti Lecuona

Futuras Publicações do CEHA - Resumos (5)

PESTANA, Lina M. Camacho, 2009, Estratégias Narrativas na Obra A Gloriosa Família de Pepetela, Colecção TESES, n.º 5, Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico, 74 pp. [CR-ROM]

RESUMO
Estratégias Narrativas na Obra A Gloriosa Família de Pepetela

Com a conquista da independência, os escritores angolanos adquirem a sua individualidade e instituem uma literatura de consciencialização de uma nova identidade cultural angolana, caracterizada por um novo dinamismo e um novo ritmo, resultado da associação da oralidade com a escrita. Propuseram-se a desenvolver e aperfeiçoar a sua arte, face às exigências da sociedade e ao desejo de se reencontrar na sua identidade cultural. 
Depois da partida do colonizador déspota, o patriotismo ideológico inicial dá lugar a uma tentativa de reapropriação do que é angolano. Há um desejo de recuperar a nação, de reconstruí-la, de reorientar a diversidade para o fortalecimento da unidade, única maneira da nação reencontrar todas as virtudes regeneradores que ela contém dentro de si, tarefa dificultada pela presença de europeus durante quinhentos anos no território, responsáveis por um processo intenso de aculturação e miscigenação. Daí que tenham recorrido tão frequentemente à tradição oral africana.
Pepetela pode ser considerado um dos escritores angolanos mais poderosos em matéria de irreverência, devido à sua faceta humorista e originalidade em criticar a sociedade e política do seu país, e pela grande divulgação que tem actualmente a sua obra. Toda a sua obra é marcada por uma forte ideologia, onde o escritor assume uma posição crítica da História e reflecte acerca do próprio conhecimento dos factos reais históricos, atribuindo-lhes através da sua ficção uma incrível actualização. Revela o desejo do filho da terra em reencontrar a sua identidade cultural, fazendo um retorno às suas origens, reerguendo o conceito de nação.
A Gloriosa Família de Pepetela retira material do passado alimentando a ficção através da modelização e subversão dos acontecimentos históricos, prendendo a atenção do leitor até ao final da intriga. Concede à História um novo sentido, desmistificando-a e tentando mostrar ao leitor que a historiografia é sempre mais ou menos tendenciosa e depende exclusivamente de quem a relata.
Tendo como base a História Geral das Guerras Angolanas de Cadornega, o romancista «reescreve» a História do período em que se insere a sua obra (os sete anos de domínio holandês em Luanda), usando-a para criticar, parodiar e ironizar a História, cujas verdades absolutas nem sempre são tão objectivas e imparciais como se desejaria.
A arte do autor, em modificar a tradição, com o propósito de a conciliar com a modernidade, tendo em conta a relação dialógica entre dois textos, História Geral das Guerras Angolanas de António de Oliveira Cadornega e A Gloriosa Família de Pepetela, bem como o objectivo do romancista em induzir o leitor a reformular a sua leitura, e questionar os factos históricos. Refere ainda o espaço de reflexão do autor dentro da própria obra acerca da ideia de nação. Porém, a questão fundamental desta obra é a reinterpretação da História através da ficção de Pepetela e o estudo da nova versão dos factos históricos e questionamento das verdades absolutas, e as estratégias narrativas convocadas para este fim. 
Reflecte-se ainda sobre problemas bem actuais, como a repressão sexual e igualdade de direitos, através do narrador e das personagens mais desembaraçadas, cultas e progressistas como Matilde ou Ambrósio, ou ainda da prostituta Angélica «ricos olhos» que teve uma relação com este último, assumem uma tomada de posse contra estas atitudes pouco nobres e preconceituosas a favor do respeito mútuo e pelas escolhas e comportamentos de cada indivíduo.
A igreja também não se absolve perante o olhar crítico de Pepetela. Foca-se na descrença de uma religião que sempre foi vista como um exemplo mundial de purificação, quando na verdade emana grande negligência e corrupção. Na verdade precisa passar por uma fase de regeneração se quiser continuar a ser o símbolo e ponto de referência dos seus crentes. 
Pepetela ousa desconstruir a História e pôr a nu as suas fraquezas e incongruências, resultado da imperfeição e subjectividade humanas, fazendo para tal uso de personagens referenciais, encimando quase todos os capítulos da obra com epígrafes escritas por autores credíveis, para atribuir maior veracidade à sua «reconstrução» da História. A História e a ficção entrosam-se e interligam-se a um ritmo tão uníssono e perfeito, absorvendo totalmente o leitor e levando-o a questionar-se onde acaba uma e começa a outra e qual das duas é a mais verdadeira ou a menos credível.
Cria paralelismos entre os tempos passados, presente e futuro, ultrapassando as barreiras temporais e transcendendo a História através da referência a eventos, mitos e profecias. A autoreflexividade está decididamente patente nas críticas que o autor dirige à sociedade hipócrita, aos políticos corruptos, e nas reflexões que faz sobre a necessidade da criação de uma nação independente, assente em bases sólidas e consistentes, inspiradas num passado que outrora foi nobre e glorioso e que se pretende recuperar restaurando o orgulho nacional.
Ao longo dos tempos o conceito de História tem-se alterado, os eventos, outrora incontestáveis e irrefutáveis, passaram a ser questionados e as verdades absolutas criticadas, iniciando-se a era de questionação da História. Esta mudança de perspectiva de análise e visualização da história põe em questão o conhecimento estabelecido da mesma, proporcionando o surgimento de histórias alternativas e incitando-nos a ponderarmos sobre assuntos que até agora eram aceites categoricamente.
Palavras-chave: Angola; Pepetela; Tradição Oral Africana; Patriotismo Ideológico; Orgulho Nacional; «Desconstrução» da História; Reinterpretação da História; Ideia de Nação; Corrupção; AutoReflexão do Autor.

***
 
ABSTRACT
The Narrative Strategies in the work The Glorious Family of Pepetela

With the conquest of independency the Angolan writers acquire individuality and instituted a literature of consciousness of a new Angolan cultural identity, characterized by a new dynamism and new rhythm, a result of the association between oralism and writing. They proposed themselves to develop and perfect their art considering the demands of the society and the desire of reuniting themselves in their cultural identity.
After the departure of the despotic colonist the initial ideological patriotism gives place to an attempt of re-appropriation of what’s Angolan. There’s a desire of recuperate the nation, rebuilt it and reorient the diversity for the strengthening of the unity, the only way the nation is going to find again all the regenerating virtues that it encloses inside itself. Task made more difficult by the presence of Europeans for five hundred years in the territory, responsible for an intense process of acculturation and miscegenation. Therefore they resorted so frequently to the African oral tradition. 
Pepetela can be considered one of the most powerful Angolan writers in what concerns irreverence due to its humoristic facet and originality when criticising the society and politics of his country and by the immense divulgation that his work has nowadays. All his work is marked by a strong ideology where the writer assumes a criticism position versus History and reflects about his own knowledge of the historical real facts, attributing them, throughout his fiction, an incredible updating. Reveals de desire of the land’s son of finding again his cultural identity, returning to its roots, raising again the concept of nation.
Pepetela’s A Gloriosa Família takes material from the past feeding fiction through the modelling and subversion of historical events, capturing the attention of the reader until the end of the intrigue. He concedes History a new meaning demystifying it and trying to show the reader that historiography is always more or less tendentious and depends exclusively of who tells it. 
Having António de Oliveira Cadornega’s History book História Geral das Guerras Angolanas as basis the novelist «rewrites» the History of the period where his work is inserted (the seven years of Dutch domination in Luanda) and criticizes it by means of irony and parody, revealing that History is not infallible and absolute truths are not always as objective and impartial as it is to be desired.
The art of the author modifying the tradition with the purpose of conciliating it with modernity, having in mind the dialogical relation between the two texts, História Geral das Guerras Angolanas and A Gloriosa Família, as well as the objective of the novelist of inducing the reader to reformulate his reading and question the historical facts. The novelist also makes reference to the space of reflexion of the author within the novel itself regarding the idea of nation. However, the fundamental question of this work is the reinterpretation of History through Pepetela’s fiction and the study of the new version of the historical facts and the questioning of the absolute truths and the narrative strategies convoked for this purpose.
It also reflects about present issues as sexual repression, equal rights, through the narrator and the disengaged, cultivated and progressist characters such as Matilde or Ambrósio, or the prostitute Angélica «Beautiful eyes» (who had a relationship with Ambrósio), assuming a position against those very little noble and prejudiced attitudes in favour of mutual respect and for the choices and behaviours of each individuals. 
The church isn’t absolved before the critical eye of Pepetela. The novelist is focused in the disbelieve of a religion that has always been seen as a model of rectitude, when the truth is that it needs to go through a regeneration process if it wants to continue being the symbol and reference for its believers. 
Pepetela dears deconstructing History and unveils its weaknesses and incongruousnesses, as a result of the human imperfections and subjectivity, using referential characters, placing epigraphs written by reliable authors above almost all of the book’s chapters, in order to attribute more consistency to his «reconstruction» of History. History and fiction are linked and attached by a perfect and unison rhythm with the purpose of absorbing totally the reader, leading him to question where one ends and the other one starts and which of them is true and which is less creditable.
The author creates parallelisms between the past, present and future times, going beyond temporal barriers and transcending History throughout references to events, myths and prophecies. The self-reflexivity is deeply embedded in the critics the author addresses to the hypocrite society, the corrupted politicians and the immoral and decadent clergy, foremost in the reflections he makes about the need of the creation of an independent nation, based on solid and consistent basis, inspired in a past that was once noble and glorious and that they intend to recover by restoring the national pride. 
Throughout the times the concept of History has been altered, the facts at one time unquestionable and irrefutable started to be questioned and the absolute truths criticised, starting an era of questioning History. This change of perspective, of analysis and visualisation of History, questions the established knowledge, affording the opportunity to appear alternative histories, instigating us to ponder about subjects that until now were categorically accepted. 
Keywords: Angola; Pepetela; African Oral Tradition; Ideological Patriotism; National Pride; «Deconstruction» of History; Reinterpretation of History; Idea of Nation; Corruption; Autoreflexion of the Author.

***
 
RESUMEN
Estrategias Narrativas en la Obra La Gloriosa Familia de Pepetela

Con la conquista de la independencia, los escritores de Angola logran su individualidad y instituyen una literatura basada en la toma de conciencia de una nueva identidad cultural angoleña, caracterizada por un nuevo dinamismo y un nuevo ritmo, resultado de la asociación de la expresión verbal con la escrita. Se han propuesto desarrollar y perfeccionar su arte ante las exigencias de la sociedad y el deseo de reencontrarse en su identidad.
Después de la partida del colonizador déspota, el patriotismo ideológico inicial se remplaza por una tentativa de reconquista de lo que es de Angola. Hay un deseo de recuperar la nación, de reconstruirla, de reorientar la diversidad para fortificar la unidad, única manera de la nación reencontrar todas sus virtudes regeneradoras, labor dificultada por la presencia de europeos durante quinientos años en el territorio, responsables por un proceso intenso de aculturación y mestizaje intelectual. De ahí que hayan recurrido tan frecuentemente a la tradición verbal africana.
Pepetela puede ser considerado uno de los escritores angoleños más poderosos en materia de irreverencia, debido a su lado humorista y originalidad en criticar la sociedad y política de su país, y por la gran divulgación que tiene actualmente su obra. Toda su obra es marcada por una fuerte ideología donde el escritor asume una posición crítica de la Historia y reflexiona sobre el propio conocimiento de los hechos reales históricos, imputándoles por medio de su ficción una increíble actualización. Revela el deseo del hijo de la tierra en reencontrar su identidad cultural, haciendo un regreso a sus orígenes, reedificando el concepto de nación.
La Gloriosa Família de Pepetela aparta material del pasado alimentando la ficción al «moldear» y al subvertir los hechos históricos, hechizando la atención del lector hasta el final de la trama. Otorga a la Historia un nuevo sentido, desmitificándola y tentando demostrar al lector que la historiografía es siempre más o menos manejable y depende exclusivamente de quien la narra. Basándose en la Historia General de las Guerras Angoleñas de Cadornega, el romancista «reescribe» la Historia del periodo en que se encuadra su obra (los siete años de dominio holandés en Luanda), utilizándola para criticar, parodiar y satirizar la Historia cuyas verdades absolutas no son siempre tan objetivas y imparciales como se desearía.
El arte del autor, en cambiar la tradición, con el propósito de conciliarla con la modernidad, teniendo en contra la relación dialéctica entre dos textos, Historia General de las Guerras Angoleñas y la Gloriosa Familia, así como el objetivo del romancista en inducir el lector a reformular su lectura y cuestionar los hechos históricos. Refiere todavía, el espacio de reflexión del autor dentro de la propia obra sobre la idea de nación. Sin embargo, la cuestión fundamental de esta obra es la reinterpretación de la Historia a través de la ficción de Pepetela y el estudio de la nueva versión de los hechos históricos y el cuestionar de las verdades absolutas, y las estrategias narrativas citadas para este fin.
Se reflexiona aún sobre problemas bien actuales, como la represión sexual y la igualdad de derechos, a través del narrador y de los personajes más espabilados, cultos y progresistas como Matilde o Ambrosio, o todavía de la prostituta Angélica «ricos ojos» que tuvo una relación con este último, asumen un acto de posición contra estas actitudes poco nobles y despreciables a favor del respeto mutuo y por las opciones y conductas de cada individuo.
La Iglesia también no se libera ante la mirada crítica de Pepetela. Se enfoca la incredulidad de una religión que siempre fue vista como un ejemplo de purificación, cuando en verdad emana gran negligencia y corrupción, indudablemente esta tendrá que pasar por una etapa de regeneración si quiere continuar a ser el símbolo y punto de referencia de sus creyentes.
Pepetela se atreve a «desmoronar» la Historia y pone a desnudo sus debilidades y incongruencias, resultado de la imperfección y subjetividad humanas, recurriendo al uso de personajes de referencia, encabezando casi todos los capítulos de la obra con epígrafes escritos por autores fidedignos, para atribuir más autenticidad a su «reconstrucción» de la Historia. La Historia y la ficción se ajustan y se interconectan a un ritmo unísono y perfecto, cautivando por completo el lector y llevándolo a cuestionarse donde acaba una y empieza la otra y cuál de las dos es más verdadera o la menos creíble.
Crea semejanzas entre los tiempos pasados, presente y futuro, transponiendo barreras temporales y transcendiendo la Historia por medio de referencia a eventos, mitos y profecías. El auto-reflexión esta indudablemente presente en las criticas que el autor dirige a la sociedad hipócrita, a los políticos corruptos, y en las reflexiones que hace sobre la necesidad de fundar una nación independiente, apoyada en bases sólidas y consistentes, inspiradas en un pasado que otrora fue noble y glorioso y que se intenta recuperar restituyendo el orgullo nacional.
A lo largo de los tiempos el concepto de Historia ha cambiado, los hechos históricos, antes incuestionables y irrefutables, pasaron a ser cuestionados y sus verdades absolutas criticadas, iniciándose la era de cuestionar la Historia. Este cambio de perspectiva, de análisis y esta forma de visualizar la Historia pone en cuestión el conocimiento establecido de la misma, proporcionando el aparecimiento de historias alternativas y incitándonos a repensar sobre asuntos que hasta ahora se aceptaban rotundamente. 
Palabras clave: Angola; Pepetela; Tradición Verbal Africana; Patriotismo Ideológico; Orgullo Nacional; El «Desmoronar» de la Historia; Reinterpretación de la Historia; Ideia de Nación; Corrupción; Autoreflexión del Autor. 

***
 
RÉSUMÉ
Stratégies Narratives dans L’Ouvre La Glorieuse Famille de Pepetela

Avec la conquête de l’indépendance les écrivains d’Angola acquièrent son individualité et instituent une littérature de conscientisation d’une nouvelle identité angolane, caractérisée par un nouveau dynamisme et un nouveau rythme, résultat de l’association de la tradition orale avec l’écriture. Ils se sont proposés développer et perfectionner son art face aux exigences de la société et au désir de se rencontrer de nouveau en son identité. 
Après le départ du colonisateur despote, le patriotisme idéologique initial donne lieu à une tentative de reapproximation de ce qui est angolan. Il y a un désir de récupérer la nation, de la reconstruire, de réorienter la diversité pour le rétablissement de l’unité, seule manière de la nation rencontrer de nouveau toutes les virtues régénératrices qu’elle contient en soi; tâche difficulté par la présence d’européens pendant cinq cents ans dans le territoire, responsables par un procédé intense d’acculturation et miscégénation. Dés lors ils ont recouru fréquemment à la tradition orale africaine. 
Pepetela peut être considéré un des écrivains africains angolans plus puissants en matière d’irrévérence, dû à sa facette humoriste et originalité en critiquer la société et les politiques de son pays, et par la grande divulgation qu’a actuellement son œuvre. Toute son œuvre est marquée par une forte idéologie où l’écrivain assume une position critique de l’Histoire et réfléchi à l’égard de sa propre connaissance des faits historiques réels, en les attribuent, a travers la fiction, une incroyable actualisation. Révèle le désir du fils de la terre en rencontrer de nouveau son identité culturelle, faisant un retour à ses origines, relèvent le concept de nation.
A Gloriosa Família de Pepetela retire matériel du passé nourrissant la fiction à travers la modélisation et la subversion des événements historiques, saisissent l’attention du lecteur jusqu’à la fin de l’intrigue. Concède à l’Histoire un nouveau sens en la démystifiant et essayant de montrer au lecteur que l’historiographie est toujours plus ou moins tendancieuse et dépend exclusivement de qui la raconte.
Ayant comme base la História Geral das Guerras Angolanas de Cadornega, le romancier «réécrit» l’Histoire de la période où s’insère son œuvre (les sept ans de domaine hollandais à Luanda) en l’utilisant pour critiquer, parodier et ironiser l’Histoire dont les vérités absolues ne sont pas toujours aussi objectives et impartiales que l’on désirait. 
L’art de l’auteur en modifier la tradition avec le but de la concilier avec la modernité, ayant en compte le rapport dialogique entre les deux textes, História Geral das Guerras Angolanas et A Gloriosa Família, bien comme l’objectif du romancier en induire le lecteur à reformuler sa lecture et questionner les faits historiques. Réfère encore l’espace de réflexion de l’auteur dans sa propre œuvre à propos de l’idée de nation. Néanmoins, la question fondamentale de cet œuvre est la réinterprétation de l’Histoire à travers la fiction de Pepetela et l’étude de la nouvelle version des faits historiques et questionnement des veritées absolues, et les stratégiques narratives convoquées pour cette fin.
Nous réfléchissons encore sur des problèmes actuels, comme la répression sexuelle et l’égalité de droits, à travers le narrateur et les personnages plus expéditifs, cultivés et progressistes, comme Matilde, Ambrósio ou encore la prostitué Angélica «beaux yeux» qui a eu une liaison avec le dernier. Assument une prise de possession contre ces attitudes pas très nobles et préjugées en considération au respect mutuel et aux choix et conduite de chaque individu. 
L’Église aussi n’est pas absous devant le regard critique de Pepetela. On met en lumière le scepticisme d’une religion qui a toujours été vue comme un exemple de purification, quand en vérité elle a besoin de passer par une phase de régénération si elle veut continuer à être le symbole et point de référence de ses croyants. 
Pepetela ose «déconstruire» l’Histoire et mettre a nu ses faiblesses et incongruités, résultat de l’imperfection et subjectivité humaines, faisant pour tel usage ou personnages référentiels, surmontant presque tous les chapitres de l’œuvre avec des épigraphes écrites par auteurs crédible pour attribuer plus grande véracité a sa reconstruction de l’Histoire. L’Histoire et la fiction s’engrènent, se mélangent à un rythme unissonant et parfait, absorbant complètement le lecteur, en l’amenant à se questionner où termine l’une et commence l’autre et quelle est la plus véritable ou la moins crédible.
Crée parallélismes entre les temps passés, présents et futures, dépassants les barrières temporelles, transcendant l’Histoire à travers des références à événements mythes et prophéties. La autoréflexivité est décidément présente dans les critiques que l’auteur dirige à la société hypocrite, aux politiques corrompus et dans les réflexions qu’il fait sur le besoin de créer une nation indépendante, placer sur des bases solides et consistantes, inspirées en un passé qu’autrefois a été noble et glorieux et qu’on prétend récupérer restaurent l’orgueil national. 
Au long des temps le concept d’Histoire s’est modifié, les faits autrefois incontestables et irréfutables, ont commencé à être questionnés et les vérités absolues critiquées, commençant l’ère de questionner l’Histoire. Ce changement de perspective, d’analyse et visualisation de l’Histoire questionne la connaissance incontestable de la même, proportionnant le surgir d’histoires alternatives, nous incitent à réfléchir sur des matières que jusqu'à maintenant étaient acceptées catégoriquement.
Mots clés: Angola; Pepetela; Tradition Oral Africaine; Patriotisme Idéologique; Orgueil National; «Desconstruction» de L’Histoire; Réinterprétation de l’Histoire; Idée de Nation; Corruption; Autoréflexion de l’Auteur.

Futuras Publicações do CEHA - Resumos (4)

LADEIRA, Paulo Jesus, 2009, A Talha e a Pintura Rococó no Arquipélago da Madeira (1760-1820), Colecção TESES, n.º 4, Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico, 290 pp. [CR-ROM]

RESUMO
A Talha e a Pintura Rococó no Arquipélago da Madeira (1760-1820)

Ao longo dos séculos XVIII e inícios do XIX, a Madeira passou por uma série de contingências que condicionaram a situação política e económica e, consequentemente, a vida cultural e artística na Região. Destacamos o terramoto de 1748, a reforma da Fazenda Real em 1775, a aluvião de 1803, as guerras napoleónicas e as lutas entre absolutistas e liberais.
A Fazenda Real era responsável pelas obras que se realizavam nas capelas-mores. A proliferação de confrarias levou à introdução de um número considerável de capelas e altares, transformando-se nas principais responsáveis pelas encomendas feitas às oficinas madeirenses.
Neste período foram executados inúmeros retábulos de talha. Na generalidade o esquema estrutural é composto por dois pares de colunas, sendo rematado todo o conjunto por um frontão interrompido. Numa primeira fase, ainda sob a influência do Barroco, emprega-se as colunas torsas e uma amálgama decorativa revestida em folha de ouro. Numa fase seguinte, passa a haver um equilíbrio entre as partes entalhadas e as partes lisas, surgem as superfícies marmoreadas e depois as brancas e lisas, conjugadas com diminutos elementos vegetalistas. A evolução orientou-se para a simplificação ornamental. As colunas apresentam decoração no terço inferior ou são simplesmente de fuste liso e branco, prognosticando a vinda do Neoclássico. Outro aspecto a salientar, foi o emprego de estuques nos tectos.
A talha na sua generalidade foi executada por entalhadores madeirenses. Estes contribuíram basicamente com a mão-de-obra, tendo pouca intervenção na concepção das obras, sendo mais artífices do que artistas. Estêvão Teixeira de Nóbrega foi um dos grandes responsáveis pela talha rococó na Madeira, através do seu contributo na execução de riscos e na direcção de obras, acabando mesmo como Mestre das Obras Reais. Este cargo também foi desempenhado pelo pintor João António Vila Vicêncio. Refira-se que até a segunda metade do século XVIII este cargo provinha dos mestres pedreiros e carpinteiros. Na área das artes decorativas, a Madeira apresenta um universo fechado de mestres, a maioria com uma relação profissional e familiar muito próxima.
A Madeira apresentou-se auto-suficiente em mão-de-obra de pintura, existindo um razoável número de pintores e douradores em actividade. O grande surto de construções permitiu a execução de muitos trabalhos, importantes, se não tanto pela qualidade, ao menos pela quantidade. Para tal contribuíram os escassos recursos económicos e a pouca exigência técnica da clientela. Os pintores eram artífices acomodados nas suas modestas oficinas que pintavam a partir de modelos, sobretudo gravuras.
Analisando a pintura de Nicolau Ferreira Duarte, de quem se conhece uma grande relação de trabalhos datados e assinados, observamos cenas sobretudo da vida de Jesus e de Maria, a utilização de cenários arquitectónicos ou paisagísticos, onde integrava as personagens em pose estática. Empregava uma paleta repetitiva e com pouco contraste, uma razoável modelação de claro-escuro, por vezes com algumas desproporções e imperfeições anatómicas, mas que compensava com um intenso colorido.
A pintura de tectos teve um papel de destaque, com pinturas ilusionistas recorrendo a composições com nuvens e estruturas arquitectónicas em perspectiva. Paralelamente aos temas religiosos, surgem alguns retratos da autoria de Nicolau Ferreira e de Joaquim Leonardo da Rocha, professor da Aula Régia de Desenho e Pintura que funcionou no Funchal de 1809 a 1825.
Palavras-chave: Barroco; Confrarias; Entalhador; Arquipélago da Madeira; Neoclássico; Pintura; Retábulo; Rococó; Século XVIII; Talha

***
 
ABSTRACT
The Carving and the Painting Rococo in the Archipelago of Madeira (1760-1820)

During the 18th century and the beginning of the 19th century the archipelago of Madeira went through a series of events that affected its political and economical situation and, consequently, its artistic and cultural life. Such events include the earthquake occurred in 1748, the flood taken place in 1803, the Napoleonic wars and, the fights between absolutists and liberals.
The Royal Estate was responsible for the works carried in the major chapels. The rise of congregations led to the increase of chapels and altars, becoming them the major requests performed to the workshops of Madeira.
During this period numerous carved altarpieces were produced. In general, the structural scheme was composed by two pairs of columns and finished with an incomplete front piece. In a first stage, and still under the influence of the Baroque, the general design used the twirled columns and a decorative amalgam coated in gold leaf. As the next step will be a equilibrium between engraved and smooth parts occurred, the marbled surfaces appeared and then white and smooth ones, which were associated to minimal natural elements. The evolution of the process led to an ornamental simplification. In their lower third sections, the columns were decorated or are simply smooth and white, thus becoming a Neoclassical hint. Another important aspect was the use of plaster on the ceilings.
Most of the carvings produced in the archipelago of Madeira were done by the local artisans. They did not have a major part in the design of the pieces, being more artificers than artists. Estêvão Teixeira de Nóbrega was one of the major representatives of the rococo carvings on Madeira Island. Thanks to his sketches and work guidance, he ended up becoming Master of the Royal Works. This position was also played by painter João António Vila Vicêncio. It should be noted that until the second half of the 18th century, the title was only given to major masons or carpenters. In what concerns the decorative arts, the artisans of Madeira Island were a closed group, most with a professional and very close family.
Madeira Island is made self-sufficient in labor, painting, with a reasonable number of painters and gilder in business. The great amount of constructions being undertaken at the time allowed the painters to produce immense quantities of artwork, which were not necessarily an example of good quality. The painters were artificers who worked in their humble workshops creating paintings based on others.
When one analyses the paintings done by the prolific Nicolau Ferreira Duarte, one observes mainly scenes from the life of Jesus and Maria, a great use of architectural and landscape like sceneries, which served as the background to static figures. He used a repetitive and not very contrastive palette, a reasonable amount of dark-light shading, even though sometimes some anatomical disproportions and imperfections occurred, which were compensated by an intense colouring.
The painting of ceilings was very important, since it used illusory paintings based on clouds and architectural structures in perspective. Side by side with the religious works, some portraits were painted by Nicolau Ferreira and Joaquim Leonardo da Rocha, who was the teacher of Royal Drawing and Painting classes in Funchal, from 1809 to 1825.
Keywords: Baroque; Congregations; Carver; archipelago of Madeira; Neoclassical; Painting; Retable; Rococo; Eighteenth century; Carving

***
 
RESUMEN
La Talla y la Pintura Rococó en el Archipiélago de Madeira (1760-1820)

A largo de todo el siglo XVIII y principios del siglo XIX, el archipiélago de Madeira atravesó una serie de contingencias que condicionaron la situación política y económica y, consecuentemente, la vida cultural y artística de la Región. Podemos destacar el terremoto de 1748, la reforma de la Hacienda Real en 1775, el aluvión de 1803, las guerras napoleónicas y las luchas liberales.
La Hacienda Real era responsable por las obras realizadas en las capillas mayores. La proliferación de hermandades llevó a la introducción de un número considerable de capillas y altares, transformándose en las principales responsables pelas encomiendas hechas a las oficinas madeirenses.
En este periodo fueron ejecutados innumerables retablos de talla. Generalmente el esquema estructural está compuesto por dos pares de columnas y todo el conjunto es rematado por un frontón incompleto. En una primera fase, todavía sobre la influencia del Barroco, la traza general emplea las columnas torzales y una amalgama decorativa recubierta con hoja de oro. Después es encontrado el equilibrio entre las partes entalladas y las partes lisas, surgen las superficies marmoteadas y después las blancas y lisas conjugadas con diminutos elementos vegetalistas. La evolución se orientó para la simplificación ornamental. Las columnas presentan decoración en le tercio inferior ó simplemente de fuste liso y blanco, pronosticando la llegada del Neoclasicismo. Otro aspecto a mencionar fue el empleo de estuques en los techos. 
La talla en su generalidad, fue ejecutada por entalladores madeirenses. Estos contribuyeron básicamente con la mano de obra, interviniendo poco en la concepción de las obras, fueron por ello, más artífices que artistas. Estêvão Teixeira de Nóbrega fue uno de los grandes responsables por la talla rococó en Madeira, a través de su contribución en la ejecución de proyectos y en la ejecución de obras, acabando finalmente con el cargo de Mestre de las Obras Reales. Esto cargo también ha sido desempeñado por el pintor João António Vila Vicencio. Cabe señalar que hasta la segunda mitad del siglo XVIII ese cargo era ejercido por individuos provenientes del área de la albañilería ó carpintería. En el área de las artes decorativas, Madeira presenta un universo cerrado de artífices, la mayoría emparentados entre si y con una relación profesional muy próxima.
La Madeira presenta una situación de autosuficiencia en lo que se refiere a mano de obra de pintura. Existia un razonable número de pintores y doradores a trabajar. El gran surto de construcciones permitió la ejecución de muchos trabajos, importantes, si no por la calidad, sí pela cantidad. Para tal contribuyó la escasez de recursos económicos y la poca exigencia técnica de la clientela. Los pintores eran artífices que se limitaban a trabajar en sus modestas oficinas, y pintando a partir de modelos copiados principalmente de grabados.
Analizando la obra de Nicolau Ferreira Duarte, de quién se conoce una gran relación de trabajos fechados y firmados, observamos extractos sobretodo la vida de Jesús y María, la utilización de escenarios arquitectónicos ó paisajísticos en que son integrados personajes en pose estática. Empelaba un paleta repetitiva y con poco contraste, un razonable modelación de claroscuro, aunque en algunas obras con desproporciones y imperfecciones anatómicas, pero que compensaba con un intenso colorido.
La pintura de techos tubo un destacado papel, con pinturas ilusionistas en que se recurría a composiciones con nubes y estructuras arquitectónicas en perspectiva. Paralelamente a la temática religiosa, surgen algunos retratos de la autoria de Nicolau Ferreira y de Joaquim Leonardo da Rocha, profesor del Aula de Desenho e Pintura que funcionó en Funchal entre 1809 y 1825.
Palabras clave: Barroco; hermandades; entallador; Archipiélago de Madeira; Neoclasicismo; Pintura; Retablo; Rococó; Siglo XVIII; Talla

***
 
RÉSUMÉ
La Sculpture et la Peinture Rococo dans l'Archipel de Madère (1760-1820)

Au cours du XVIIIe et débuts du XIXe siècles, l’Archipel de Madère fut cible d’une série de contingences, qui influencèrent la situation politique et économique et, par conséquent la vie culturelle artistique de la Région. On peut remarquer le tremblement de terre de 1748, la reforme de la Fazenda Real en 1775, l’alluvion de 1803, les guerres napoléoniennes et les luttes entre les absolutistes et les libéraux.
La Fazenda Real était la responsable des œuvres réalisées dans les chapelles de l'abside. La prolifération des confréries conduisit à l’introduction d’un nombre considérable de chapelles et d’autels, étant les principales responsables des commandes faites aux ateliers madériens.
Dans cette période, de nombreux retables en boiserie furent exécutés. Généralement, le schéma structurel est composé par deux paires de colonnes dont tout l’ensemble est achevé par un fronton interrompu. Dans un premier moment, et encore sous l’influence du Baroque, la trace générale emploi les colonnes torses et une amalgame décorative, enduits à la feuille d'or. La prochaine étape, on constate un équilibre entre les parties entaillées et les surfaces unies. Dans une seconde phase, surgissent les superficies marmorisées suivies des blanches et des lisses, conjuguées par des minces éléments végétalistes. L’évolution s’orienta vers la simplification ornementale. Les colonnes présentent une décoration dans le chapelet inférieur ou sont de fût uni et blanc, pronostiquant l’arrivée du Néoclassique. Un autre aspect à distinguer, fut l’emploi de stuc dans les toits.
La boiserie fut généralement exécutée par des sculpteurs en bois madériens. Ces en bois fournirent fondamentalement la main-d’œuvre, ayant une légère intervention dans la conception des œuvres et en étant plutôt des artisans que des artistes. Estêvão Teixeira de Nóbrega, fut un des grands responsables de la boiserie rococo à Madère, à travers sa contribution dans le domaine de l’exécution de traits et dans la direction des œuvres, finissant par devenir Maître des Œuvres Royales. Cette position a également été joué par le peintre João António Vila Vicêncio. Il convient de noter que jusqu'à la deuxième moitié du XVIIIe siècle provenant de ce poste de maîtres maçons et des menuisiers.
L’île de Madère se manifestait auto-suffisante en matière de main-d’œuvre, existant un raisonnable nombre de peintres et de doreur en activité. Le grand essor de constructions permit l’exécution de beaucoup de travaux, importants, si nom par la qualité au moins par la quantité. Cela a contribué à les minces ressources économiques et la faible exigence technique de la clientèle. Les peintres ont été artisans accommodés dans leurs modestes ateliers exécutant des peintures d’après les modèles concernant les gravures.
En analysant la peinture de Nicolau Ferreira Duarte, dont on connaît une grande relation de travaux datés et signés, on observe surtout des scènes de la vie de Jésus et de Marie, l’utilisation de scénarios architectoniques ou paysagistes, où il intégrait les personnages dans une pose statique. Il employait une palette répétitive et d’un contraste très réduit, une raisonnable combinaison de clair-sombre, occasionnellement avec quelques disproportions et imperfections anatomiques, qu´il récompensait par un intense coloré.
La peinture de toits eut aussi un rôle important, avec des peintures illusionnistes faisant l’usage de compositions avec des nuages et structures architectoniques en perspective. Parallèlement aux thèmes religieux, il y apparaît quelques portraits des auteurs Nicolau Ferreira e Joaquim Leonardo da Rocha, professeur du cours regel intitulé de Dessin et Peinture et qui eut son fonctionnement au Funchal dès 1809 jusqu’à 1825.
Mots clés: Baroque; Confréries; sculpteurs en bois; Archipel de Madère; Néoclassique; Peinture; Retable; Rococo; Dix-huitième siècle; Sculpture

Futuras Publicações do CEHA - Resumos (3)

ANTUNES, Luísa Marinho, 2009, O Romance Histórico e José de Alencar. Contribuição para o Estudo da Lusofonia, Colecção TESES, n.º 3, Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico, 453 pp. [CR-ROM]

RESUMO
O Romance Histórico e José de Alencar. Contribuição para o Estudo da Lusofonia

É na articulação da forma genológica do romance histórico com o seu entendimento por parte dos autores brasileiros, em especial José de Alencar, e com o papel que o género desempenhará na afirmação da diferença literária e estética da recente nação que se situa a temática deste livro. Parte-se, assim, do estudo do género, nas vertentes estéticas, literárias e linguísticas, mas também histórico-filosóficas e sociais, para a reflexão dos traços de continuidade, transformações e afastamentos em relação ao modelo europeu, das atitudes através das quais se identificam as singularidades do autor.
Através da consideração das várias facetas do romance histórico alencariano, perspectiva-se o seu papel na criação de uma nova tradição literária, que não rejeita as tradições existentes, mas repensa-as e trabalha-as de forma a criar o novo. Dada a grande unidade da obra alencariana, podem reconhecer-se várias dinâmicas que se completam e interligam entre si: uma particular concepção da história do país e da História, o amor à própria terra e aos seus valores, que alicerça a vontade de reflexão e intervenção no presente, a procura da originalidade literária e o apuramento de uma concepção da poética própria.
É no sentido da ponderação destes aspectos que este estudo se direcciona, partindo da definição do romance histórico e das razões do seu sucesso no século XIX, passando pela forma como no Brasil o género é recebido e pensado, para, através do estudo do programa de Alencar para a literatura brasileira e a análise do diálogo estabelecido com os escritores portugueses – principalmente Alexandre Herculano e Pinheiro Chagas –, se concentrar de forma mais particular na produção da novelística histórica alencariana. Finalmente, através de uma abordagem mais rigorosamente comparatista, perspectivam-se os textos alencarianos em relação aos romances de teor tropical de Chateaubriand (Atala), Almeida Garrett (Helena) e Pinheiro Chagas (A Virgem de Guaraciaba).
Palavras-chave: Romance Histórico, Romantismo, Literatura Portuguesa, Literatura Brasilera, José de Alencar.

***
 
ABSTRACT
The Historical Romance and José de Alencar. A Contribution to Lusophone Studies

The thematic of this book lies in the articulation between the form of the historical novel in the XIX century, its understanding by Brazilian authors, especially by José de Alencar, and its role in the consolidation of the aesthetic and literary difference sought by the new nation. The study of this particular literary gender, in its various aspects (literary, aesthetic, linguistics, but also historical, philosophical and social) is required to think and establish traces of continuity, transformation and distance from the European model that the authors make use to create singularity and originality.
It is through the consideration of the different forms of Alencar’s historical novel that it is possible to create a perspective of its contribution to the creation of a new literary tradition that, not refusing the existent ones, rethinks and re-elaborates them to create the new. Since Alencar’s work is characterized by unity, various dynamics that complete and interlink themselves can be recognised: a particular conception of the country’s history and of History itself, the devotion to his own land and its values that serve as a platform for the reflection an intervention in the present, the search for a literary originality and new poetics.
This study’s aim is to put in perspective all these aspects, from the definition of historical romance and the reason for its success in the XIX century, its reception in Brazil to Alencar’s program for the Brazilian literature. The importance of the dialogue with the Portuguese authors, especially Alexandre Herculano and Pinheiro Chagas, is necessary to understand the novel production of Alencar, which constitutes the major part of this study. Finally, by using a comparative approach, Alencar’s work is studied in relation with the novels of tropical thematic written in Europe by Chateaubriand (Atala), Almeida Garrett (Helena) and Pinheiro Chagas (A Virgem de Guaraciaba).
Keywords: Historical Novel, Romanticism, Portuguese Literature, Brazilian Literature, José de Alencar

***
 
RÉSUMÉ
Le Romance Historique et José de Alencar. Contribution à L'Étude de la Lusofonie

La thématique de ce livre se situe dans l’articulation entre la forme généologique du roman historique et de sa perception chez les auteurs brésiliens, en particulier José de Alencar, et dans le rôle joué par ce genre littéraire dans l’afirmation d’une différence, à la fois littéraire et esthétique, dans la jeune nation, le Brésil. Ainsi, ce point de départ, à metrre en rapport avec les domaines tels que la littérature, l’esthétique, la linguistique, l’histoire, bien comme la philosophique et l’aspect social, nous conduit à réflechir aux traits de continuité, de transformations et d’éloignements par rapport au modèle européen, par lesquels il est possible d’identifier les singularités de l’auteur. 
Atravers les mulitples aspects du roman historique d’Alencar, il est possible d’envisager le rôle joué par son oeuvre dans la création d’une nouvelle tradition littéraire qui, sans refuser les traditions existentes, les travaille de façon à créer du nouveau. Etant donnée la grande unité de l’oeuvre d’Alencar, il est possible d’y observer différentes dynamiques qui se complètent et se lient entre elles: une conception particulière du pays et de l’Histoire, de l’amour voué au pays et à ses valeurs comme fondement de la volonté de réflexion et d’intervention dans le présent, ainsi que la recherche de l’originalité littéraire et la construction d’une conception de la poétique qui lui est propre.
Cette étude propose, en somme, une réflexion sur tous ces aspects, articulés et structurés. En partant de la définition du roman historique et des raisons de son succès au XIXème siècle et en passant par la réception du genre au Brésil, la façon dont il est reçu et representé pour, atravers le dialogue établit avec les écrivains portugais, en particulier Alexandre Herculano et Pinheiro Chagas, se concentrer sur la forme particulière de la production littéraire d’Alencar. Finalement, et dans une approche comparatiste, l’analyse s’oriente vers les rapports que l’on peut établir entre l’oeuvre d’Alencar et les romans à thématique tropicale de Chateaubriand (Atala), Almeida Garrett (Helena) e Pinheiro Chagas (A Virgem de Guaraciaba).
Mots clés: Roman Historique, Romantisme, Littérature Portugaise, Littérature Brésilienne, José de Alencar.

***

RESUMEN
El Romance Historico y José De Alencar. Contribución al Estudio de la Lusofonia

La temática de este libro explora la articulación de la forma genológica de la novela histórica con su entendimiento por parte de autores brasileros, en especial José de Alencar, considerando el papel fundamental que el género asumirá en la afirmación de la diferencia literaria y estética de la reciente nación. Se procede a un estudio del género en sus vertientes estéticas, literarias lingüísticas, histórico-filosóficas y sociales para reflexionar sobre las marcas de continuidad, transformación y alejamiento en relación al modelo europeo e identificar las singularidades del autor.
A través del análisis de varias facetas de la novela histórica de Alencar, se pone de manifiesto su papel en la creación de una nueva tradición literaria, que no rechaza las tradiciones existentes, pero las repiensa y las trabaja para crear una nueva forma. Dada la gran unidad de la obra de Alencar, se pueden reconocer varias dinámicas que se complementan e se enlazan: una particular concepción de la historia del país y de la Historia, el amor de la propia tierra y los valores que fundamentan la voluntad de reflexión y la intervención en el presente, la búsqueda de la originalidad literaria y el afinar de una concepción de la poética propia.
Este estudio se propone un examen ponderado de estos aspectos, partiendo de la definición de la novela histórica y las razones de su éxito en el siglo XIX, considerando su recepción y el enfoque dado a este género en Brasil. Se desarrolla el análisis del modo como la poética de Alentar dialoga con escritores portugueses, principalmente Alexandre Herculano e Pinheiro Chagas, concentrándose, de forma más particular, en la producción novelística de Alencar. Finalmente, a través de una perspectiva más rigurosamente comparatista, se reconfiguran los textos de Alentar en relación a las novelas de tono tropical de Chateaubriand (Atala), Almeida Garrett (Helena) y Pinheiro Chagas (A Virgem de Guaraciaba).
Palabras clave: Novela histórica, Romanticismo, Literatura Portuguesa, Literatura Brasileira, José de Alencar.

Futuras Publicações do CEHA - Resumos (2)

VALENTE, Isabel Maria Freitas, 2009, As Regiões Ultraperiféricas Portuguesas: Uma Perspectiva Histórica, Colecção TESES, n.º 2, Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico, 249 pp. [CR-ROM]
RESUMO
As Regiões Ultraperiféricas Portuguesas: Uma Perspectiva Histórica

Fronteiras naturais entre o horizonte marítimo e o interior do território europeu, herdadas dos antigos impérios coloniais, as ilhas são territórios estratégicos para a União Europeia. 
Entre as ilhas, algumas beneficiam de um estatuto específico explicitamente reconhecido na alínea 2 do artigo 299 do Tratado de Amesterdão – As Regiões Ultraperiféricas: seis são regiões insulares e uma é continental: a Reunião no Oceano Índico, a Martinica e Guadalupe no Mar do Caribe a Guiana (enclave na floresta Amazónica), as Ilhas Canárias, os Açores e a Madeira no Oceano Atlântico.
As regiões ultraperiféricas (RUPs) encontram-se numa situação única no seio da União Europeia. Com efeito, num contexto natural marcado pela insularidade, pelo clima tropical e por um relevo acidentado e vulcânico, estas regiões encontram-se muito afastadas do continente europeu. No plano socioeconómico, caracterizam-se por apresentarem um PIB inferior a 75% da média comunitária. Por conseguinte, a UE reconheceu explicitamente o conceito de ultraperifericidade e tomou em conta as especificidades destas regiões, de modo a que estas possam inserir-se plenamente no espaço europeu e beneficiar das políticas comunitárias. Assim, foram instaurados programas de opções específicas do afastamento da insularidade para os departamentos franceses ultramarinos (POSEIDOM, em 1989), para as ilhas Canárias (POSEICAN, em 1991) e para Açores e Madeira (POSEIMA, em 1991).
Não se pense, porém, que a importância das RUPs se reduz ao seu peso demográfico, ao número de turistas que as visitam, ou à sua agricultura. Elas também valem e são ricas pelo seu extraordinário legado cultural, pela diversidade da sua envolvência geográfica e também pelo papel estratégico que desempenham na protecção das rotas marítimas da Europa e na defesa das suas fronteiras exteriores. No quadro da mundialização, a União Europeia é o único espaço continental que pode afirmar a sua presença no coração do Oceano Índico, das Caraíbas e da América do Sul, exactamente por intermédio das RUPs.

Palavras-chave: Ultraperiferia, Insularidade, Açores, Madeira, Territórios Estratégicos, União Europeia.

*** 

ABSTRACT
The Portuguese Ultraperipheral Regions: A Historical Perspective

Natural boundaries between the maritime horizon and the interior European territory of ancient colonial empires, the islands are strategic territories for the European Union.
Among those islands, some benefit from a specific statute, recognized explicitly in item 2 of article 299 of the Amsterdam Treaty – The Ultraperipheral Regions: six of the regions are insular and one is Continental: the Reunion in the Indian Ocean, Martinique and Guadeloupe in the Caribbean Sea, Guyana (Amazonian forest enclave), the Canary Islands, and the Azores and Madeira in the Atlantic Ocean.
The ultraperipheral regions find themselves in a unique heart of the EU. In effect, in a natural context marked by its insularity, tropical climate and rough and volcanic relief, these regions find themselves distant from the European continent. In the socioeconomic plan, they are categorized for presenting a PIB inferior to 75% of the community average. Consequently, the EU explicitly recognized the ultraperipheral concept and took into consideration the specifics of these regions, so that they can fully insert themselves into European space and benefit from community politics. Thus, programmes with specific options to remove insularity for the French Ultramaritime departments (POSEIDOM, in 1989), the Canary Islands (POSEICAN, in 1991), and the Azores and Madeira (POSEIMA, in 1991), were instated.
However, one should not think that the importance of the ultraperipheral regions is reduced solely to its demographic significance, or to the number of tourists or to their agriculture. They are also worthy and rich in their extraordinary cultural legacy, for their geographical diversification and for the strategic role that they perform in the protection of Europe’s maritime routes and in the defense of its exterior boundaries. On an international level, the European Union is the only continental space that can affirm its presence in the heart of the Indian Ocean, the Caribbean and South America, precisely through the ultraperipheral regions.
Keywords: Ultraperiphery, Insularity, Azores, Madeira, Strategic Territories, European Union.
***

RESUMEN
Las Regiones Ultraperiféricas Portuguesas: Una Perspectiva Histórica

Fronteras marítimas entre el horizonte marítimo, y el interior del territorio europeo, heredadas de los antiguos imperios coloniales, las islas son territorios estratégicos para la Unión Europea.
Entre las islas, algunas se benefician de un estatuto especifico explícitamente reconocido en l’apartado 2 del artículo 299 del Tratado de Ámsterdam – Las Regiones Ultraperifèricas: seis son regiones insulares y una continental: la Reunión en el Océano Indico, la Martinico y la Guadalupe en el mar del Caribe, la Guiana (enclave en la foresta Amazónica), las Islas Canarias, Las Azores y Madeira en el Océano Atlántico.
Las Regiones Ultraperifèricas se encuentran en una situación única en el sello de la UE. De hecho, en un contexto natural marcado por la insularidad, por un clima tropical, y por un relieve accidentado y volcánico, e as regiones se encuentran muy alejadas del continente europeo. En el plano socioeconómico, se caracterizan por presentar un PIB inferior al 75% de la media comunitaria.
Por consiguiente, la UE. Reconoció explícitamente el concepto de ultraperifecidad y tomo en cuenta las características de estas regiones, a fin de que estas pasen a insertarse en el espacio europeo y beneficiarse de la política comunitaria. Así mismo, fueron instauradas programas de opciones especificas de abastecimiento de la insularidad para los departamentos franceses ultramarinos (POSEIDOM, 1989), las Islas Canarias (POSEICAN, 1991), y las Azores y Madeira (POSEIMA, 1991).
A pesar de lo que se piense, la importancia de las Regiones Ultraperifèricas se reduce al peso demográfico, al numero de turistas, a la agricultura…También hay que tenerlas encuentra su riqueza cultural, por su diversidad en su entorno geográfico, así como el papel estratégico que desempeñan el la protección de las rutas marítimas de Europa, y en la defensa de las fronteras exteriores.
En el cuadro de la mundializacion, la UE, es el único espacio continental que puede afirmar su presencia en el corazón del Océano Indico, de las cariabas y Sudamérica, exactamente por intercambio de las Regiones Ultraperifèricas.

Palabras clave: Ultraperiferia, Insularidad, Azores, Madeira, Territorios Estratégicos, Unión Europea.

*** 

RÉSUMÉ
Les Régions Ultrapériphériques Portugaises: Une Perspective Historique

Frontières naturelles entre l’horizon maritime et l’intérieur du territoire européen, léguées par les anciens empires coloniaux, les îles sont des territoires stratégiques pour l’Union Européenne.
Parmi les îles, certaines bénéficient d’un statut spécial explicitement reconnu à l’alinéa 2 de l’article 299 du Traité d’Amsterdam – Les Régions Ultrapériphériques: six d’entre elles sont des régions insulaires et une continentale: La Réunion dans l’Océan Indien, la Martinique et la Guadeloupe dans la mer des Caraïbes, la Guyane (enclave de la forêt amazonienne), les îles Canaries, les Açores et Madère dans l’Océan Atlantique. Les régions ultrapériphériques ont une situation très particulière au sien de L’UE. En effet, dans un contexte naturel marqué par l’insularité, par le climat tropical et par un relief accidenté et volcanique, ces régions se trouvent très éloignées du continent européen. Sur le plan socio-économique, elles se caractérisent par le fait de présenter un PIB inférieur à la moyenne européenne de 75%. Par conséquent, L’UE. reconnaît explicitement le concept d’ultrapériphérique et a pris en compte les spécificités de ces régions afin que celles-ci puissent s’insérer pleinement dans l’espace européen et bénéficier des politiques communautaires. De ce fait, des programmes d’option spécifiques à l’éloignement, à l’insularité ont été instaurés; pour les départements français d’outre-mer (POSEIDOM, en 1989), pour les îles Canaries (POSEICAN, en 1991), pour les Açores et Madère (POSEIMA, en 1991).
Cependant, ne pensons pas que l’importance des régions ultrapériphériques se réduit à son poids démographique, au nombre de touristes, à son agriculture. Elles sont également très riches et notables de la par leur extraordinaire héritage culturel, de la diversité de leur contours géographiques, mais également de par le rôle stratégique qu’elles jouent dans la protection des routes maritimes de l’Europe et dans la défense de ses frontières extérieurs. Dans le cadre de la mondialisation, l’Union européenne est le seul espace continental capable d’affirmer sa présence au cœur de l’Océan Indien, des Caraïbes et de l’Amériques du sud, et ce, très précisément grâce aux régions ultrapériphériques.
Mots clés: Ultrapériphérie, Insularité, Açores, Madère, Territoires Stratégiques, Union Européenne.